Zibia Gasparetto escreveu: “Se você é infeliz no amor, preste atenção no que está fazendo em sua vida. Identifique os papéis que tem assumido e reconheça que você não é nada daquilo. Descobrir como você é, do que gosta é a chave para obter felicidade.”
O incrível é como desconsideramos os nossos valores, o que realmente queremos, optando por um embate mortal quando existem diferenças numa relação, ao invés de acreditar nos sinais, em nossa intuição e principalmente nos fatos.
Amor é amor, e a pessoas não precisam estar juntas para senti-lo. Relacionamento é diferente, pois se faz necessária uma convivência harmônica para que ele possa fluir e tornar as pessoas felizes.
Se um é conservador, e o outro liberal, obviamente, terão sérias dificuldades de se relacionar. Isto não significa que não se amem, mas conviver e construir algo juntos será algo bastante dificil.
Sabemos disso, por que desconsideramos e insistimos no que está fadado ao fracasso? Pela vaidade e competição em fazer prevalecer nossos valores.
Mas lá, no olho do furacão, na troca de ofensas há sempre um responsável por aquele fracasso momentâneo. Alguém para ser acusado pela dor e tristeza que "está causando".
Não existem culpados ou errados num relacionamento, exceto nos casos de traição. Cada um tem não só o direito, mas o dever de viver de acordo com suas convicções, com as coisas que lhe fazem bem, e a pessoas que as aprazam.
Se isso nos incomoda a ponto de não suportarmos, devemos chamar o garçom, pedir a conta e seguir nosso caminho, respeitando as diferenças. É difícil esta postura, mas a cada convivência temos de aprender e não retroceder. O tal princípio básico da evolução humana.
Assumir papéis que não sabemos ou não conseguiremos desempenhar, nos levará a perda de equilíbrio, e raramente conseguimos viver num mundo que não nos pertence.
E as brigas, ofensas e discussões fortes nada acrescentará. Antes pelo contrário! Somente denegrirão e desvalorizarão o que foi vivido e realizado junto.
Tudo tem um fim, e é muito melhor um final horroroso, do que um horror sem fim.
Pensar se faz necessário.